Trump diz que China quer acordo e afirma estar esperando ligação: 'Vai acontecer'
- Lara Andrade
- há 6 dias
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Após novas ameaças tarifárias o líder americano se mostra confiante com as negociação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump afirmou nesta terça-feira (8) que a China está interessada em negociar para evitar a guerra de tarifas entre os dois países. Em publicação feita na rede social Truth Social, Trump disse aguardar ligação do governo chinês.
Segundo o presidente, embora o governo chinês queira chegar a um acordo, ainda não sabe como iniciar as negociações. “A China também quer fazer um acordo, mas eles não sabem como começar. Estamos esperando a ligação deles. Vai acontecer!”, escreveu Trump.
A declaração veio um dia depois de uma nova ameaça feita pelo próprio presidente americano. Na segunda-feira (7), Trump anunciou que pretende aplicar uma tarifa extra de 50% sobre todos os produtos importados da China, caso o país asiático não retire a taxa de 34% que passou a cobrar sobre produtos americanos.
Essa medida da China foi uma resposta direta à tarifa do mesmo valor, de 34%, que os EUA impuseram sobre produtos chineses na semana passada. Trump também já havia apresentado, na última quarta-feira (2), seu plano de “tarifas recíprocas”, que estabelece taxas de 10% a 50% sobre importações de mais de 180 países. De acordo com o governo americano, essas nações dificultam a entrada de produtos dos EUA por meio de tarifas altas ou outras barreiras comerciais.
Apesar da pressão, a China afirmou que não pretende recuar. Em nota divulgada na madrugada desta terça, o Ministério do Comércio chinês declarou que o país está pronto para reagir se os Estados Unidos continuarem aumentando as tarifas. “Se os EUA insistirem em aumentar o conflito comercial e ignorarem os interesses comuns dos dois países e da comunidade internacional, a China, como sempre, lutará até o fim”, disse o porta-voz.
Mesmo com tom firme, o representante chinês reforçou que o país não vê vantagens em uma disputa desse tipo. “Não há vencedores em uma guerra comercial ou tarifária. O protecionismo não é o caminho”, afirmou.