Trump discute com Zelensky e acordo sobre a guerra não vai para frente: 'Ele não é grato pela ajuda dos EUA'
- Larissa Lauane
- 1 de mar.
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Acordo proposto cederia aos EUA a exploração dos vastos recursos minerais da Ucrânia
Volodymyr Zelensky, em visita aos Estados Unidos para assinar um acordo com Washington, foi acusado por Donald Trump de estar "jogando com a Terceira Guerra Mundial", nesta sexta-feira (28). A reunião, que contou com a presença da imprensa e do vice-presidente JD Vance, foi marcada por ser acalorada.
O bilionário norte-americano acusou Zelensky de "não ser grato" pelo apoio dos EUA à Ucrânia durante esse período de guerra contra a Rússia. Zelensky, por sua vez, deixou a Casa Branca sem assinar o acordo.
O acordo proposto cederia aos EUA a exploração dos vastos recursos minerais da Ucrânia, em troca de apoio ou garantias de segurança contra a Rússia no conflito que começou em fevereiro de 2022.
A Ucrânia, rica em minerais como titânio, manganês e carvão, é vista como uma área estratégica para potências globais interessadas em seus recursos naturais.
Em entrevistas logo após o encontro, o ucraniano reafirmou seu desejo de evitar a escalada do conflito, enfatizando que o que estava em jogo não eram interesses pessoais, mas relações históricas entre os dois povos. À Fox News, afirmou: "São relações históricas, relações fortes, entre nosso povo."
Já Trump, em declarações à imprensa na área externa da Casa Branca, disse que o encontro com Zelensky "não foi tão bom" e que só retomaria as negociações se o líder ucraniano declarasse o desejo de paz.
Essa relação já estava tensa, após uma declaração de Trump na semana anterior, quando o chamou de "ditador", mas se recusou a usar o mesmo termo para descrever Vladimir Putin, presidente da Rússia.
Zelensky, em resposta, afirmou que Trump estava "vivendo em um espaço de desinformação" alimentado pela Rússia.
Segundo o editor da BBC Jeremy Bowen, a relação entre os dois já estava bastante desgastada antes do encontro na Casa Branca, e agora está "em pedaços".