Fogo consome Pantanal: Destruição por queimadas supera recorde histórico
- Monise Antunes Rodrigues
- 13 de jun. de 2024
- 2 min de leitura
A área devastada já supera duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo, o equivalente a 59 mil campos de futebol

O Pantanal, bioma considerado patrimônio natural da humanidade, enfrenta mais um ano de queimadas devastadoras. Até maio deste ano, 332 mil hectares já foram consumidos pelas chamas, um aumento de 39% em relação ao mesmo período de 2020, considerado o pior ano da série histórica.
Os dados, compilados pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), evidenciam a gravidade da situação. Diante do cenário alarmante, agravado pela seca extrema que assola o bioma, a ONG SOS Pantanal emitiu uma nota técnica alertando para os impactos socioambientais irreversíveis das queimadas.
O combate ao fogo se mostra árduo. O tenente-coronel Fábio Pereira de Lima, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, explica que aviões estão sendo utilizados para lançar água sobre as chamas, mas o maior desafio é alcançar as áreas remotas e de difícil acesso.
A polícia investiga a origem dos incêndios, e a hipótese mais provável é de ação criminosa. A devastação do Pantanal, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta, gera impactos irreparáveis para a fauna e flora local, além de comprometer a qualidade do ar e da água para as populações ribeirinhas.
Especialistas alertam para a necessidade de medidas urgentes e eficazes para conter as queimadas e proteger o Pantanal. Ações de fiscalização rigorosa, campanhas de conscientização e investimentos em infraestrutura para o combate ao fogo são medidas cruciais para evitar que essa tragédia se repita nos próximos anos.
A sociedade civil também pode contribuir para a preservação do Pantanal. Denunciar focos de incêndio às autoridades, evitar atividades que possam colocar em risco o bioma e apoiar iniciativas de proteção ambiental são ações que podem fazer a diferença.
O futuro do Pantanal depende da ação conjunta de governos, entidades civis e da população em geral. É preciso unir esforços para proteger esse patrimônio natural único e garantir sua preservação para as próximas gerações.