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Anvisa aprova primeira vacina contra chikungunya no Brasil

Há presença de anticorpos neutralizantes em 100% dos voluntários com infecção prévia e em 98,8% daqueles sem contato anterior com o vírus





Fotos Públicas
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (14) o uso da vacina contra a chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva. O imunizante poderá ser aplicado em pessoas com mais de 18 anos e é o primeiro do tipo autorizado no país. Segundo o Butantan, a vacina demonstrou segurança e eficácia em estudos de fase 3 realizados no Brasil e nos Estados Unidos.


No ensaio clínico conduzido em território brasileiro, sob coordenação do Butantan, a vacina produziu anticorpos neutralizantes em 98,8% dos participantes. O imunizante já havia recebido aprovação da FDA (agência reguladora dos EUA) e da EMA (agência europeia). Um segundo pedido ainda está em análise na Anvisa, referente a uma versão da vacina que será formulada e rotulada no Brasil, com custo menor e possibilidade de ser incorporada ao SUS (Sistema Único de Saúde).


A chikungunya é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela dengue e zika. Os principais sintomas incluem febre alta, dores intensas nas articulações, manchas na pele e dor de cabeça. A infecção pode causar complicações duradouras, especialmente em pessoas mais vulneráveis.


Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou cerca de 267 mil casos prováveis de chikungunya em 2023, além de pelo menos 213 mortes confirmadas. A aprovação do imunizante é vista como um avanço no combate à doença e uma nova ferramenta para conter surtos em regiões afetadas.

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